Introdução
No recente debate sobre o sistema financeiro brasileiro, o presidente do Banco Central, Roberto Galípolo, destacou a eficiência do Pix, afirmando que o sistema de pagamentos instantâneos eliminou a necessidade de stablecoins como meio de pagamento doméstico. As declarações foram feitas durante a análise dos resultados da última Black Friday, onde o Pix registrou 297,4 milhões de transações.
O que aconteceu
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Galípolo, afirmou que o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do país, eliminou a necessidade de stablecoins para transações diárias. Ele comentou que, com a implementação do Pix, o Brasil alcançou uma posição de destaque no cenário global, oferecendo uma solução de pagamento rápida, barata e amplamente aceita. Durante a última Black Friday, o sistema de pagamentos registrou um recorde de 297,4 milhões de transações.
Apesar das alegações de Galípolo sobre a supremacia do Pix, a Receita Federal apresentou dados que indicam uma realidade diferente: as stablecoins continuam dominando as operações declaradas pelas exchanges brasileiras. Segundo o auditor fiscal Flavio Correa Prado, nos últimos cinco anos, o volume negociado de stablecoins superou o do Bitcoin, representando até 90% das transações reportadas ao órgão regulador.
Contexto e Antecedentes
O Pix foi lançado em novembro de 2020 e se tornou rapidamente um dos principais meios de pagamento no Brasil, permitindo transferências instantâneas entre contas. As stablecoins, por outro lado, são criptomoedas atreladas a ativos estáveis, como o dólar, e têm sido utilizadas tanto para investimentos quanto para transações internacionais, especialmente em um cenário de alta volatilidade econômica.
Reação e Relevância para o Ecossistema
Galípolo enfatizou que o Pix é uma solução ideal para pagamentos cotidianos, enquanto as stablecoins têm se mostrado valiosas em setores como investimento e proteção contra a volatilidade cambial. Apesar de seu uso crescente, ele fez um alerta sobre o potencial de uso indevido das stablecoins em transações suspeitas, o que levou à necessidade de regulação mais rigorosa. O Banco Central já classificou as stablecoins como parte do mercado de câmbio, impondo regras que afetam sua emissão e circulação, além de permitir a aplicação de IOF sobre as operações com esses ativos.
A discussão sobre a regulação das stablecoins é essencial, especialmente considerando que elas podem ser utilizadas em transações internacionais, uma área onde o Pix ainda não se destaca. Galípolo sugeriu que a integração entre sistemas de pagamentos instantâneos de diferentes países poderia beneficiar a competitividade e reduzir custos operacionais.
Conclusão
O debate entre o uso do Pix e das stablecoins no Brasil evidencia a complexidade do mercado financeiro atual. Enquanto o Pix se estabelece como líder nas transações cotidianas, as stablecoins continuam a desempenhar um papel crucial em outras áreas, especialmente no acesso a moedas estrangeiras e investimentos. Assim, a regulação adequada desses ativos será fundamental para garantir a segurança e a integridade do mercado financeiro brasileiro.
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