Santander Brasil Consolida Presença no Mercado Cripto: Uma Nova Era para Investimentos Digitais no País
**16 de dezembro de 2025** – O cenário financeiro brasileiro testemunha um movimento estratégico de grande envergadura, que sinaliza a crescente maturidade e institucionalização do mercado de criptoativos no país. O Santander Brasil, uma das maiores instituições financeiras do país, anunciou a unificação de suas operações de criptomoedas, anteriormente geridas pela Toro, com a Santander Corretora. Esta integração não apenas simplifica o acesso a investimentos digitais para seus clientes, mas também posiciona o banco como um player robusto em um segmento cada vez mais regulado e competitivo.
A notícia, divulgada em um momento crucial – apenas um mês após a publicação das resoluções do Banco Central do Brasil que regulamentam o Marco Legal dos Criptoativos (Lei 14.478/2022) –, sublinha a confiança das grandes instituições financeiras no potencial dos ativos digitais. Com o respaldo de um banco global e uma plataforma unificada, o Santander Brasil se propõe a oferecer uma gama mais ampla de oportunidades de investimento, começando com ativos de peso como Bitcoin, Ethereum e Solana.
A Consolidação Estratégica: Santander e o Mercado de Criptoativos
A decisão do Santander Brasil de integrar suas operações de criptoativos sob uma única marca representa um passo significativo na estratégia do banco para o mercado de investimentos. A fusão da expertise da Toro no universo cripto com a solidez e a infraestrutura da Santander Corretora cria um ecossistema mais coeso e acessível para os investidores brasileiros.
Unificação de Plataformas e Oferta Ampliada
A partir de agora, os clientes do Santander e da antiga operação da Toro terão um ponto de acesso centralizado para gerenciar seus portfólios, que incluirão tanto investimentos tradicionais quanto ativos digitais. Evandro Vieira, executivo do Santander, destacou a importância dessa unificação, ressaltando a expansão da plataforma para incluir a negociação de criptomoedas. A oferta inicial abrange os principais criptoativos do mercado: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Solana (SOL), com a promessa de expandir essa lista para outros ativos digitais relevantes.
A vantagem de ter um banco global por trás dessas operações é inegável. Para muitos investidores, a segurança e a credibilidade de uma instituição financeira estabelecida são fatores decisivos ao considerar a entrada no volátil mercado de criptomoedas. O Santander busca capitalizar essa percepção, oferecendo um ambiente que combina a inovação dos ativos digitais com a robustez e a proteção de um grande banco. Clientes da Toro já estão sendo notificados sobre a migração de suas operações para este novo ambiente unificado, garantindo uma transição suave e contínua.
Compliance como Pilar Fundamental: A Visão do Santander
Em um mercado que historicamente operou com pouca supervisão, a ênfase na conformidade regulatória e na segurança é um diferencial competitivo crucial. O Santander Brasil, através de seus executivos, tem sido vocal sobre a importância do *compliance* como alicerce para qualquer operação de sucesso no universo dos ativos digitais.
Além da Tecnologia: A Essência da Confiança
Evandro Vieira, em suas declarações, foi enfático ao afirmar que a base de qualquer produto ou serviço de "criptobanco" não reside primariamente na tecnologia, mas sim na conformidade. Essa perspectiva desafia a narrativa popular que muitas vezes foca apenas na inovação tecnológica da blockchain, negligenciando os aspectos fundamentais de governança e risco.
Sem um robusto arcabouço de *Know Your Customer* (KYC), custódia segura, monitoramento eficaz de transações e uma gestão de riscos apurada, mesmo a mais inovadora das soluções se torna vulnerável. A ausência desses pilares pode comprometer a confiança de reguladores, investidores e clientes, expondo a operação a riscos de lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e outras atividades ilícitas.
O Framework de Governança do Santander no Universo Cripto
O Santander Brasil adota uma abordagem que replica o rigor de seus processos para ativos tradicionais no novo segmento de criptoativos. Isso significa que a oferta de criptomoedas do banco é construída dentro do mesmo *framework* de governança, risco e conformidade que protege as economias e investimentos de seus clientes há décadas.
Essa estratégia visa não apenas proteger os clientes, mas também salvaguardar a integridade do mercado financeiro como um todo. Ao aplicar os mesmos padrões elevados, o Santander busca mitigar os riscos inerentes aos ativos digitais, oferecendo uma camada extra de segurança e confiança que pode atrair um perfil de investidor mais conservador, que até então hesitava em entrar no mercado de criptomoedas. A mensagem é clara: o mesmo Santander que protege seus ativos tradicionais agora estende essa proteção ao seu portfólio de criptoativos.
O Cenário Regulatório Brasileiro e o Impacto nos Grandes Bancos
A movimentação do Santander Brasil ocorre em um contexto de profunda transformação regulatória no Brasil. As recentes resoluções da Lei 14.478/2022, publicadas pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2025, estabelecem um marco legal para o mercado de criptoativos, trazendo clareza e, consequentemente, mais segurança jurídica para o setor.
A Lei 14.478/2022 e as Resoluções do Banco Central
A Lei 14.478/2022, conhecida como o Marco Legal dos Criptoativos, foi um divisor de águas. No entanto, sua efetiva implementação dependia da regulamentação detalhada por parte do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As resoluções de novembro de 2025 preenchem essa lacuna, definindo as regras para a prestação de serviços com ativos virtuais, incluindo requisitos de capital mínimo, governança, gestão de riscos, cibersegurança e proteção ao consumidor.
O objetivo primordial dessa regulamentação é conferir maior solidez e transparência ao mercado, combatendo práticas ilícitas e protegendo os investidores. Ao estabelecer um ambiente regulado, o Brasil se alinha a tendências globais de supervisão de ativos digitais, pavimentando o caminho para uma maior integração dos criptoativos no sistema financeiro tradicional.
Vantagens Competitivas para Instituições Financeiras Estabelecidas
É inegável que as novas regras do Banco Central, embora essenciais para a segurança do mercado, tendem a beneficiar as grandes instituições financeiras. Bancos como o Santander já possuem a estrutura, o capital humano e a expertise em *compliance* para se adequar rapidamente às exigências regulatórias.
Um dos pontos mais impactantes é o requisito de capital mínimo, que pode chegar a R$ 10 milhões para as empresas que desejam operar como prestadoras de serviços de ativos virtuais. Além disso, as exigências de governança corporativa, gestão de riscos e controles internos demandam equipes especializadas e investimentos significativos em tecnologia e processos. Para pequenas corretoras e *fintechs* que operavam com estruturas mais enxutas, esses requisitos representam um desafio considerável, forçando muitas a buscar fusões, aquisições ou, em alguns casos, a encerrar suas operações.
Esse cenário sugere uma consolidação do mercado, onde os grandes *players* financeiros, com sua proximidade aos reguladores e sua capacidade de investimento, estão em posição privilegiada para abocanhar uma fatia maior desse novo segmento. A entrada dos "bancões" com o aval regulatório confere uma segurança adicional que pode atrair uma massa de investidores ainda reticentes, que agora veem os criptoativos como uma classe de ativos mais legítima e protegida.
Implicações para o Mercado e o Futuro dos Investimentos Digitais
A estratégia do Santander e o novo arcababouço regulatório têm implicações profundas para o futuro dos investimentos digitais no Brasil, marcando um ponto de inflexão na forma como os ativos digitais são percebidos e acessados.
Democratização com Segurança
A entrada de grandes bancos no mercado de criptoativos, sob a égide de uma regulamentação clara, tem o potencial de democratizar o acesso a essa classe de ativos de forma mais segura. Milhões de clientes que já confiam suas finanças a essas instituições podem agora explorar o universo das criptomoedas com a tranquilidade de saber que estão operando em um ambiente supervisionado e com os mesmos padrões de proteção que esperam para seus investimentos tradicionais. Isso pode acelerar a adoção em massa e a integração dos ativos digitais na economia real.
Desafios e Oportunidades
Para os bancos, o desafio reside em manter a agilidade e a capacidade de inovação em um mercado que evolui rapidamente, enquanto se adaptam a um ambiente regulatório em constante aprimoramento. A tecnologia blockchain, que sustenta os criptoativos, é complexa e exige investimentos contínuos em conhecimento e infraestrutura.
Por outro lado, as oportunidades são vastas. A diversificação de receitas, a atração de uma nova geração de investidores e a capacidade de oferecer produtos financeiros inovadores são apenas alguns dos benefícios. Para o mercado como um todo, a presença institucional eleva o patamar de exigência, fomenta a inovação responsável e solidifica a posição do Brasil como um dos líderes na regulamentação e adoção de ativos digitais na América Latina.
Conclusão
A unificação das operações de criptoativos do Santander Brasil sob a Santander Corretora, aliada à visão de que a conformidade é a espinha dorsal do sucesso neste mercado, representa um marco. Este movimento estratégico, em sintonia com a recém-publicada regulamentação do Banco Central, não só fortalece a posição do Santander no cenário de investimentos digitais, mas também pavimenta o caminho para uma maior aceitação e segurança dos criptoativos no Brasil.
O mercado de criptomoedas, antes visto como um nicho marginal, está se consolidando como uma parte integrante do sistema financeiro global. A participação ativa de instituições financeiras tradicionais, sob a supervisão de reguladores, é




