Vanguard e Bitcoin: Entre o Ceticismo de um Executivo e a Inevitável Abertura Institucional
Data Atual: 16 de dezembro de 2025
O universo das finanças tradicionais e o mercado de ativos digitais continuam a protagonizar uma dança complexa, marcada por ceticismo, adaptação e, por vezes, uma relutante aceitação. No epicentro dessa dinâmica, a Vanguard, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, tem demonstrado uma postura particularmente ambivalente em relação ao Bitcoin. Recentemente, essa tensão foi novamente evidenciada pelas declarações de John Ameriks, head global de ações quantitativas da Vanguard, que comparou o Bitcoin a um "Labubu digital" – uma analogia que ressoa com a percepção de um ativo impulsionado mais por modismos do que por fundamentos sólidos.
Essa crítica, proferida em 12 de dezembro de 2025, na conferência 'ETF in Depth' da Bloomberg, ganha contornos ainda mais intrigantes quando contextualizada com a recente mudança de política da própria Vanguard. Há poucas semanas, a gestora, que antes proibia e até ameaçava o fechamento de contas de clientes que investissem em criptoativos, flexibilizou suas regras, permitindo o acesso a ETFs de Bitcoin de outras gestoras, como a BlackRock. Esse contraste entre a retórica de um de seus executivos e a ação estratégica da empresa ilustra a complexa jornada de legitimação que o Bitcoin e o mercado de criptoativos vêm trilhando




